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Samuel Araripe, ex-prefeito do Crato (Reprodução) |
Samuel Araripe teve seus direitos políticos suspensos por quatro anos, além de ter que pagar uma multa de 20 vezes o salário que recebia como prefeito, isso corrigidas monetariamente pelo INPC, a partir do mês da prática do ato a ele imputado, e acrescido de juros legais de 1% ao mês, a partir da citação.
Segundo alegação do Ministério Publico, Samuel Araripe e Cicero França, com fins eleitoreiros, propagaram, através de placas no local da obra, folderes, entrevistas e do site oficial da prefeitura que estava construindo o Centro de Especialidades Odontológicas - CEO em parceria com o estado, quando, na realidade se trata de obra de realização com recursos exclusivas do governo estadual.
Com isso o Ministério Publico entendeu que os réus estavam agindo com a finalidade de enganar a população local para colher dividendos eleitorais indevidos, resultando na prática de ato de improbidade administrativo tipificado no art. 11 da lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa).
Quanto ao ex-chefe de gabinete Cícero Luiz Bezerra França este foi condenado ao pagamento de multa civil equivalente a 5 (cinco) vezes o valor da remuneração que recebia à época do fato como chefe de gabinete do prefeito municipal e acrescido de juros.
VAI RECORRER
O ex-prefeito Samuel Araripe informou que vai recorrer da da sentença. Leia a nota abaixo:
"Em relação a sentença proferida no processo no 2024.96.2007.8.06.0071/0, esclareço que, por discordar do seu conteúdo, será apresentado recurso de apelação a ser julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceara, onde acredito que será revisto o entendimento do Juízo da 1a Vara Cível da Comarca de Crato/Ce, pois ato de improbidade administrativa não restou configurado no caso dos autos. O ato alegado pelo Ministério Público e acatado pelo Juiz não envolve desvio de recursos públicos. Foi ,simplesmente, porque o Juiz entendeu que uma publicidade da Prefeitura não correspondia a verdade, no caso a parceria na realização do CEO. A Prefeitura dizia, em seu material publicitário, que existia uma parceria na realização do CEO e o Juiz entendeu que não. Vale lembrar que aquele terreno onde está construído o CEO é da Prefeitura, foi a contrapartida do município na parceria e que, naquela época, foi assinado um convênio entre o Estado e o Município onde este se comprometia com parte do custeio do serviço que seria prestado ali, portanto está clara e evidente a parceria pois o município do Crato entrou com o terreno e com parte do custeio do serviço".
Com informações do blog do Flávio Pinto
Justiça suspende direitos políticos de ex-prefeito do Crato, Samuel Araripe
Reviewed by Ribamar Xavier
on
junho 14, 2017
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